Comprar um imóvel em leilão pode
ser um bom negócio e gerar economia, mas requer muitos cuidados, veja quais são
eles; modalidade é ideal para quem tem dinheiro guardado e paciência
Os leilões de imóveis podem
encurtar o caminho entre o sonho e a compra da casa própria que, nesses casos,
pode sair mais barata do que os preços praticados no mercado. Mas há vários
aspectos que devem ser analisados para evitar transtornos, ainda mais para quem
nunca comprou em leilões.
A advogada especialista no ramo
imobiliário Thaissa Figueiredo lembra que, em alguns casos, os imóveis que vão
para leilão são "tomados" de seus proprietários por causa de dívidas.
Por essa razão, a maioria deles vem cercada de ônus, muitas vezes inesperados
pelos arrematadores. "Podem ser dívidas de Imposto Predial e Territorial
Urbano (IPTU), imóveis ocupados pelos antigos proprietários, estado de
conservação imperfeito, entre outras situações", exemplifica a advogada.
Ela orienta os interessados a ler
todo o edital referente ao leilão do imóvel desejado. É nesse documento que
estão informações importantes sobre o imóvel, como a existência de ônus na
matrícula do bem, assim como as formas de pagamentos e a possibilidade de
parcelamento.
O próximo passo é visitar o
imóvel para verificar o estado de conservação e conferir se permanece ocupado –
neste caso, se o imóvel for arrematado é preciso demanda judicial para pedir a
desocupação. "Ao arrematar o bem, ganha-se uma carta de arrematação, o que
dá direito ao arrematante de solicitar a desocupação, entretanto, pode haver
resistência. Assim como se a conservação não estiver boa, os gastos com reforma
podem fazer a compra não valer a pena", diz Thaissa.